Tempo: Instabilidades avançam sobre o Sul e áreas do RS, SC e PR têm alerta de tempestade nesta 6ª

Tempo: Instabilidades avançam sobre o Sul e áreas do RS, SC e PR têm alerta de tempestade nesta 6ª

Tempo: Instabilidades avançam sobre o Sul e áreas do RS, SC e PR têm alerta de tempestade nesta 6ª

Imagem de satélite de todo o Brasil nesta sexta-feira (14) - Fonte: Inmet

Instabilidades tomam conta da região Sul do Brasil nesta sexta-feira (14) e provocam tempestades em áreas dos três estados da região. Diversas cidades produtoras do Paraná estão sem chuvas há dias, mas as precipitações de hoje ainda serão fracas e não chegarão até o Norte e Noroeste do estado.

Segundo alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), há alerta nesta sexta-feira e sábado (15) de tempestade no Centro-Sul do Rio Grande do Sul, com Chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 Km/h), e queda de granizo.

Com a condição, segundo o instituto meteorológico, há risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos. Áreas do extremo Sul gaúcho já haviam recebido chuvas volumosas nos últimos dias.

Veja o mapa das áreas com alerta de tempestade nesta 6ª feira:

Mapa das áreas com alerta de tempestade nesta 6ª feira - Fonte: Inmet

Aviso para as áreas: Campanha, Encosta Do Sudeste, Serra Do Sudeste, Depressão Central, Encosta Inferior Do Nordeste, Missões, Litoral Gaúcho

Também chove forte na metade Norte do Rio Grande do Sul e em áreas litorâneas, no Leste, de Santa Catarina e Paraná. É prevista chuva entre 30 e 60 mm/h ou 50 e 100 mm/dia, ventos intensos (60-100 Km/h), e queda de granizo. Há riscos de danos na cidade e campo.

Veja o mapa das áreas com alerta de tempestade nesta 6ª feira:

Mapa das áreas com alerta de tempestade nesta 6ª feira - Fonte: Inmet

Aviso para as áreas: Planalto Norte Catarinense, Campanha, Metropolitana De Curitiba, Oeste Catarinense, Vale Do Itajai, Grande Florianópolis, Planalto Sul Catarinense, Litoral Sul Catarinense, Depressão Central, Encosta Inferior Do Nordeste, Encosta Superior Do Nordeste, Campos De Cima Da Serra, Planalto Médio, Missões, Alto Uruguai, Litoral Paranaense, Sul Paranaense, Litoral Gaúcho, Meio-Oeste Catarinense, Litoral Norte Catarinense

Veja o mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 174 horas (14/12 a 20/12) em todo o Brasil:

Mapa com a previsão de precipitação acumulada para até 174 horas (14/12 a 20/12) em todo o Brasil - Fonte: Inmet

Apesar do aumento das instabilidades na região Sul, cidades produtoras do Norte e Noroeste do Paraná, que estão vendo danos pontuais em lavouras de soja, ainda não serão beneficiadas pelas precipitações de hoje e amanhã. Podem ocorrer pancadas de chuva nessas áreas, mas precipitações volumosas retornam apenas na semana do Natal.

Em entrevista ao Notícias Agrícolas nesta terça-feira, Luiz Renato Lazinski, meteorologista do Inmet, disse que um bloqueio atmosférico impede o avanço de frentes frias pelo país. Com isso, a condição de tempo mais seco e quente ainda deve agravar mais a situação das lavouras.

"Nós estamos com um período de mais de 20, 30 dias em algumas áreas sem chuvas, desde meados de novembro. Aquele pessoal que plantou aquela soja muito cedo, algumas áreas do Oeste e do Norte do Paraná, por exemplo, a soja já começa a florescer pega uma fase crítica", disse Lazinski. O meteorologista pondera que veranicos ocorrem nesta época do ano, mas este está prolongado.

Veja o mapa de precipitação acumulada nos últimos 15 dias em todo o Brasil:

Mapa de precipitação acumulada nos últimos 15 dias em todo o Brasil - Fonte: Inmet

Segundo levantamento feito pela Reuters, nos últimas 15 dias, os acumulados de chuva ficaram abaixo da média em praticamente todo o estado. Apesar das instabilidades, o calor ainda deve predominar no Sul. "A partir do fim de semana a temperatura começa a cair um pouco em relação a esta semana na região, e novos recordes já não devem ocorrer", informou a Somar Meteorologia.

As maiores temperaturas no país ontem foram registradas no Sudeste e Nordeste. No Sul, das cinco maiores temperaturas registradas em toda a região Sul apenas uma não está no Paraná. São elas: Paranapoema (PR): 36,1°C, Diamante do Norte (PR): 35,9°C, São Vicente do Sul (RS): 35,6°C, Joaquim Távora (PR): 35,5°C e Cidade Gaúcha (PR): 35,5°C.

Veja o mapa de água disponível no solo em todo o Brasil:

Mapa das áreas com a água disponível no solo em todo o Brasil - Fonte: Climatempo

Segundo modelos estendidos do centro de previsão da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), as precipitações ficarão concentradas sobre o Norte e partes do Sudeste e extremo Sul de 14 a 22 de dezembro. De 22 a 30 desse mês, os acumulados seguem nessa faixa, mas aparecem com mais força no extremo Norte do país e avança mais ao centro da região Sul e Sudeste.

Ainda nesta sexta-feira, segundo Inmet, também são previstas chuvas intensas em áreas de Minas Gerais.

Veja o mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 13 de dezembro até 29 de dezembro:

Mapa com a tendência de precipitação acumulada para o período de 14 de dezembro até 30 de dezembro - Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA Fonte: National Centers for Environmental Prediction/NOAA

Chuvas indicam alívio para lavouras de soja ressecadas do Paraná na 2a. quinzena de dezembro (Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - Chuvas previstas para a segunda metade de dezembro indicam alívio para as ressecadas lavouras de soja no Paraná, embora o forte calor dos últimos dias já possa ter provocado perdas concretas, mesmo que pontuais, no segundo maior produtor da oleaginosa no país.

Na semana passada, especialistas já haviam alertado que, se as condições adversas se mantivessem, a safra de soja do Paraná poderia ser prejudicada, afetando o desempenho da produção do Brasil como um todo, por ora estimada em um recorde superior a 120 milhões de toneladas.

Nesta sexta-feira, o Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado à Secretaria de Agricultura do Paraná, disse que em Maringá "a baixa umidade do solo impede o bom enchimento do grão, ocasionando perda de produtividade e desenvolvimento das culturas".

Em Ponta Grossa, no centro-leste do Estado, já há enrolamento de folhas, murchamento e paralisação ou lentidão de crescimento das plantas.

"Quanto as perdas, certamente ocorrerão, porém ainda é difícil mensurá-las, pois caso chova dentro de alguns dias, parte das culturas poderá se recuperar, principalmente aquelas que estão em fase de crescimento. As que devem apresentar perdas maiores, são as que estão em floração ou frutificação, tanto para a soja (variedades precoces), milho e feijão", afirmou o Deral em boletim diário.

Segundo o Agriculture Weather Dashboard, do Refinitiv Eikon, algumas regiões do Paraná, no norte do Estado, tiveram um déficit de mais de 50 milímetros de chuva nos últimos 15 dias.

O analista Marcelo Garrido, que integra a equipe do departamento, destacou que a tendência é de "ter problemas".

"Mas não temos condições de falar em números, já que tem chance de reversão... Provavelmente vamos ter problemas pontuais. Podem ser mais isolados, que depois em uma média não fique tão grande", acrescentou, dizendo que o Paraná dificilmente baterá recordes de produtividade e que a porção oeste do Estado é a que mais preocupa.

É nesse cenário que sojicultores depositam as esperanças nas chuvas previstas para as próximas duas semanas.

De acordo com o Agriculture Weather Dashboard, todo o Paraná deve receber precipitações acima da média até praticamente o fim do mês.

O oeste é onde as chuvas mais superarão o normal, em 103,2 milímetros acima da média para o período. No noroeste (48,1 mm), centro-oeste (70,4 mm), sudeste (55,5 mm), centro-sul (50,2 mm) e centro-leste (56,3 mm) também terão mais água do que o normal.

O centro-norte do Paraná é onde as chuvas mais ficarão próximo do normal, com apenas 9,3 mm a mais que a média.

Por: Jhonatas Simião Fonte: Notícias Agrícolas

 

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