Solução para excedentes de milho é exportação

Solução para excedentes de milho é exportação

Solução para excedentes de milho é exportação

De acordo com dirigentes e especialistas na cadeia do milho, a solução para os excedentes brasileiros de milho pode ser a exportação, bem como o aumento da produção de biocombustível. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) calcula um estoque final de 21,5 milhões de toneladas nesta safra.

“O Brasil é relativamente novo no mercado de exportação de milho. Nós temos que ainda criar esses mercados. Nossos maiores e mais fortes mercados, como China e Arábia Saudita, querem o nosso milho que é fresco e a demanda deles é nova. A África será um grande parceiro também. Mas os casos da América Latina e do Oriente Médio são muito mais complicados porque eles são fornecidos pelos Estados Unidos ou pela Argentina”, afirma Paulo Bertolini, diretor da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho). 
O dirigente justifica que o Brasil alcançou uma produção de aproximadamente 100 milhões de toneladas três anos antes do previsto pela Abramilho. Acrescenta que 150 milhões de toneladas seriam produzidos pelo país em menos de 10 anos, com mais grãos processados domesticamente e 40% da produção para DDGs (subproduto da indústria de etanol à base de milho). Mas ele não vê nenhuma solução próxima para os crescentes problemas.
“Houve uma melhora significativa nos portos de Paranaguá e Santos. Mas ainda assim as estradas precárias e a escassez de ferrovia devem permanecer. O governo é dono de quase tudo e quando privatiza algo, direciona para poucas empresas específicas. Será muito lenta a resolução desse problema. E a armazenagem ainda é um problema. Há ainda muito milho armazenado a céu aberto no Mato Grosso”, explica.
O diretor da Abramilho acredita que o Brasil ainda é muito competitivo contra o Estados Unidos dentro das porteiras das fazendas porque os produtores brasileiros não investem tanto em irrigação ou sementes devido aos custos logísticos. “Se os lucros aumentarem, haverá mais dinheiro para investimento continuado do produtor e os preços nas fazendas não será tão competitivo como hoje”, conclui.  
Fonte: Agrolink

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