Soja fecha agosto com desvalorização de mais de 6% na Bolsa de Chicago com pressão da oferta

Soja fecha agosto com desvalorização de mais de 6% na Bolsa de Chicago com pressão da oferta

Soja fecha agosto com desvalorização de mais de 6% na Bolsa de Chicago com pressão da oferta

O mês de agosto foi desastroso para a tendência dos preços internacionais de soja e para a economia brasileira, mas favorável para manter em níveis elevados os preços de soja em reais no mercado interno brasileiro". O resumo é o do diretor da Cerealpar, Steve Cachia, que justifica as baixas acumuladas de mais de 6% entre os principais vencimentos da soja negociados no mercado futuro norte-americano. 

Com essa pressão, o contrato novembro/18 fechou o mês com US$ 8,43 por bushel, e queda de 6,14%, e o janeiro passou de US$ 9,12 para US$ 8,56, com perda de 6,14%. 

As baixas não foram ainda mais intensas porque nesta sexta-feira as cotações terminaram o dia com altas de 11,25 a 13,50 pontos entre as posições mais negocidas, com o mercado da soja econtrando suporte nas altas de mais de 2% entre as cotações do milho e do trigo. 

Agosto foi repleto de estimativas da nova safra norte-americana e a mais forte delas veio com os dados do Pro Farmer, um dos mais importantes e tradicionais crop tours dos EUA, com a projeção de pouco mais de 127 milhões de toneladas de soja a serem colhidas na temporada 2018/19. Os dados repercutiram por dias no mercado e ajudaram a intensificar a pressão sobre as cotações. 

Ademais, a guerra comercial entre China e Estados Unidos continuou, os rumores aumentaram, bem como a tensão entre as duas maiores economias do mundo. Nesta sexta-feira (31), inclusive, Donald Trump informou estar preparado para intensificar a disputa, adotando mais 200 bilhões de dólares em importações chinesas assim que o período de consulta pública sobre o plano acabar na próxima semana, segundo informou a Bloomberg News.

Leia mais:

>> Trump está pronto para intensificar guerra comercial com a China, diz Bloomberg

Paralelamente, porém, a movimentação do dólar frente ao real também chamou muito a atenção dos traders no mercado internacional e a valorização da moeda americana em 8,46% no mês ajudou a pesar sobre as cotações da soja em Chicago. Com a divisa brasileira mais barata, o produto do Brasil se tornou ainda mais competitivo, ajudando a manter a concentração das compras chinesas no mercado do Brasil. 

O andamento do mercado cambial brasileiro tem sido pautado, principalmente, pelo cenário da corrida presidencial. Todas as pesquisas de intenção de voto seguem mostrando a liderança do ex-presidente Lula e, em um cenário sem ele, a priemeira posição é de Jair Bolsonaro. 

Nesta sexta, o dólar passou por uma correção depois das altas consecutivas e, de ao longo da semana bater nos R$ 4,20, de 1,78% para fechar nos R$ 4,07. Na máxima do dia, alcançou os R$ 4,1781. 

Veja ainda:

>> Dólar despenca 1,8% ante real no dia, mas tem maior alta mensal desde setembro de 2015

 
  Por: Carla Mendes Fonte: Notícias Agrícolas

Compartilhe