Secretários estaduais de agricultura querem juros 3% menores para o Plano Safra

Secretários estaduais de agricultura querem juros 3% menores para o Plano Safra

Secretários estaduais de agricultura querem juros 3% menores para o Plano Safra

Durante uma reunião na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realizada na quinta-feira (16/2), na capital paulista, o Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri) decidiu reivindicar a redução de 3% nos juros para o Plano Safra 2017/2018. Para os 12 secretários que estiveram presentes, a diminuição é possível devido à queda na inflação e da Selic. Eles também pedem que as taxas nas linhas dos fundos constitucionais acessados pelos produtores rurais sejam menores.

O Conseagri solicita que o Governo Federal disponibilize pelo menos R$ 200 bilhões para o Plano Safra da agricultura empresarial, e R$ 22 bilhões para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Em março, representantes do Conselho irão a Brasília para levar o requerimento de redução à Casa Civil, ao Congresso nacional e aos ministérios da Fazenda e da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A preocupação com pesquisas também foi levantada. Os integrantes do Conselho querem retomar a discussão para aplicação do projeto Aliança Para a Inovação Agropecuária no Brasil, que fortalece a parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e os sistemas estaduais de pesquisa.

Trânsito

A integração do sistema de fiscalização e inspeção sanitária foi outro ponto discutido. O objetivo é criar uma livre circulação interestadual de produtos da agroindústria, com a validação de um Estado.

A região Sul já tem um projeto de lei pronto para ser enviado aos seus respectivos legislativos autorizando a prática, que é aberta também a outras unidades da federação. “Vamos mandar esse projeto para a Assembleia para abrir esse sistema que hoje está engessado. Enquanto isso, pagamos o preço alto de não poder expandir”, apontou Ernani Polo, do Rio Grande do Sul.

Nos dias 22 e 23 de fevereiro, haverá uma reunião técnica em Florianópolis (SC) para construir um regulamento alinhado entre os Estados, levando em conta este reconhecimento mútuo da equivalência da inspeção.

Eleições

No encontro também foram eleitos o novo presidente, Ernani Polo, do Rio Grande do Sul, e o vice-presidente, Rômulo Araújo Montenegro, da Paraíba. Os mandatos duram seis meses, sendo que o vice assume a presidência ao fim do período –  e depois é eleito um novo vice para os seis meses seguintes. Como secretário do Conselho, foi escolhido José Guilherme Tollstadius Leal, do Distrito Federal.

Também foram escolhidos os diretores regionais e os respectivos temas a serem trabalhados por eles. Também com mandato de um semestre, Francisco das Chagas Limma, do Piauí, é o da Região Nordeste – responsável pelos temas agricultura irrigada e crédito rural. Clemente Barros Neto, do Tocantins, na Região Norte, assume pontos como regularização fundiáriapiscicultura e harmonia com o meio ambiente.

Moacir Sopelsa, de Santa Catarina, assume como diretor da Região Sul e fica responsável pela defesa animal e vegetal e as inspeções sanitárias. Com a pesquisa como tema a ser tratado, o Sudeste tem agora como diretor Octaciano Gomes de Souza Neto, do Espírito Santo. O Centro-Oeste ainda definirá seu diretor regional, mas tem a responsabilidade de cuidar da assistência técnica.

 

 

Fonte: Revista Globo Rural

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