Produtores do Sul de MG sente redução da renda no 1°semestre
Produtores do Sul de MG sente redução da renda no 1°semestre
Uma pesquisa feita pelo Departamento de Administração e Economia da Universidade Federal de Lavras (Ufla-MG) aponta uma redução de 19,73% na renda média dos produtores do Sul de Minas no 1º semestre deste ano. A pesquisa foi baseada no Índice de Preços Recebidos (IPR), referente à venda de produtos agrícolas na região. Segundo o Professor Renato Elias Fontes, do Departamento de Administração e Economia da Ufla, vários fatores influenciaram para a queda da renda média do produtor.
“São vários fatores. O primeiro fator é que você teve um aumento da oferta do produto oriundo de preços bons no passado, o ano de 2016 foi muito bom para a produção agrícola. Aumentando a oferta, cai aos preços. Atrelado a isso, você tem um clima que correu bem e outro fator do lado da demanda, é a questão econômica do país, que você teve um aumento do desemprego, uma inflação alta que diminuiu o poder de compra do trabalhador, o que fez com que ele comprasse menos. O aumento da oferta e menor demanda dos produtos fizeram com que os preços caíssem bem”, disse o professor.
Focada no rendimento recebido pelo produtor rural a pesquisa mostra que a saca de milho, que estava cotada a R$ 38,80 no início do ano, teve uma queda de 43,2% em seu valor, e agora é vendida a R$ 22. Já o café, principal produto agrícola do Sul de Minas, iniciou 2017 com sua saca de 60 Kg cotada a R$ 505. Agora, a saca é vendida a R$ 440, uma redução de 12,8%. Outro produto que registrou queda ao longo do semestre foi o leite, que conforme a pesquisa, apresentou queda de 6,38%.
Na contramão, estão produtos de hortifrúti e hortaliças, que registraram altas significativas e uma melhor remuneração para o produtor. Os destaques são o brócolis, que teve alta de 84,21%; o pimentão, cujo preço subiu 82,35% e a cenoura, que teve alta de 53,34%. Segundo o professor, apesar da alta, a tendência é de que esses preços venham a cair nos próximos meses.
Fonte: G1