MT puxa ritmo da colheita no país

MT puxa ritmo da colheita no país

MT puxa ritmo da colheita no país

O tempo seco tem favorecido a colheita do milho segunda safra e há registro de boa produtividade e qualidade na maioria das lavouras do Centro-Oeste. Quem puxa os trabalhos é Mato Grosso, com 61% da área já colhida, seguido por Goiás, com 30% e Mato Grosso do Sul, com 15%. No Estado, o maior produtor nacional do cereal, foram cultivados mais de 4,7 milhões de hectares. A colheita mato-grossense já passou da metade nessa primeira quinzena do mês de julho e é a mais adiantada do país.


A colheita chegou a 36% da área no Centro-Sul do Brasil, de acordo com levantamento semanal divulgado ontem pela AgRural. O número desta semana representa avanço de 13 pontos em uma semana, mas segue atrasado na comparação com o mesmo período de 2016, quando houve quebra de safra e 46% da área já estavam colhidos. A média de quatro anos é de 35%. A produção brasileira é estimada em 67,2 milhões de toneladas. O número será revisado no início de agosto pela consultoria.
Com previsão de continuidade do tempo seco e favorável aos trabalhos nas próximas semanas, parte dos produtores tem optado por colher mais lentamente e, assim, tirar o milho do campo com a menor umidade possível. A falta de espaço nos armazéns, somada ao atraso no plantio de estados como Paraná e São Paulo, também tem influenciado o ritmo da colheita.
Os mais atrasados em relação ao ano passado são justamente São Paulo e Paraná, que colheram apenas 6% e 19%, respectivamente. Há um ano, a colheita estava em 50% e 45%. Além do atraso no plantio, as temperaturas mais amenas agora em julho têm dificultado a perda de umidade dos grãos em algumas áreas.
Em Minas Gerais, a colheita está em 33%, contra 26% há um ano. Em Unaí, no noroeste, áreas de sequeiro que sofreram com a estiagem estão rendendo entre 40 e 60 sacas por hectare. Por conta da falta de chuva em parte de suas áreas produtoras, Minas Gerais e Goiás são os únicos estados do Centro-Sul que, segundo a AgRural, não baterão recorde de produtividade neste ano.
EM ALERTA - A última estimativa da safra 2016/17 realizada pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontou uma produção de 29,5 milhões de toneladas, valor 54,6% maior que o observado no último ano. Em razão da grande oferta, há uma desvalorização sobre a cotação proporcional à alta da produção. Assim, os preços, que seguiam em viés de alta na safra 2015/16, retornam aos patamares observados anteriormente, mas cabe salientar que em 2016 a quebra de safra pressionou a produção e consequentemente impulsionou os preços. Atualmente, o milho disponível em Mato Grosso segue cotado em média a R$ 13,57/sc enquanto, no ano passado, chegou a atingir R$ 34,84/sc, desvalorização de 61,2% no período. “Neste cenário, denota-se a grande importância das ferramentas de sustentação de preços da Conab aos produtores nos momentos de grande produção, como os leilões”, apontam os analistas do Imea. Como reforçam, essas medidas têm se mostrando fundamentais para auxiliar o escoamento da safra e na rentabilidade dos produtores mato-grossenses do cereal.  
Fonte: Agrolink

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