Chuvas no início de plantio americano, umidade elevada na Argentina e preços baixos da soja estimulam alta em Chicago

Chuvas no início de plantio americano, umidade elevada na Argentina e preços baixos da soja estimulam alta em Chicago

No entanto, analista alerta que reação nas cotações não representa uma mudança de tendência para a soja em Chicago. Cenário ainda é de baixa para os preços

 

 Ontem (12), o mercado da soja na Bolsa de Chicago (CBOT) apresentou uma retomada de alta nos preços. Essa recuperação já começou a ser observada após a divulgação do relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que logo foi desconsiderado pelo mercado, provocando a volta de compras por parte dos fundos.

De acordo com o analista de mercado Flávio França Jr., para que o mercado continue subindo, variáveis de clima devem continuar aparecendo. A oferta é bastante significativa a nível mundial, com produção recorde na América do Sul e com os Estados Unidos encerrando sua última safra em níveis recordes.

França Jr. diz que a situação "só não é pior porque o consumo vem crescendo muito forte". São anos seguidos de demanda agressiva por soja e farelo, mas para que a demanda faça esses estoques se reequilibrarem, será preciso um ajuste de oferta.

Para o momento, o analista estima que a CBOT deve trabalhar entre os patamares de US$9,50/bushel e US$10,50/bushel. O mercado, para ele, ainda tem condições, apesar da pressão, para se estabilizar um pouco acima dos níveis atuais.

Uma salvação de preços para o Brasil, por sua vez, deve surgir de um mercado climático em torno da nova safra americana. No entanto, a venda nos patamares atuais ainda traz rentabilidade para os produtores, embora o analista acredite que grande parte começará a vender quando os preços chegarem a R$65.

 

Por: Aleksander Horta e Izadora Pimenta Fonte: Notícias Agrícolas

 

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